Danos a Biodiversidade são incalculável
O impacto ambiental causado pelo rompimento de duas barragens em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas
O impacto ambiental causado pelo rompimento de duas barragens em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas, no último dia 5, ainda é pouco divulgado pelos órgãos oficiais. Mas para os ambientalistas já é tido como certo a impossibilidade de se recuperar o rio Doce.
O biólogo e ecólogo André Ruschi, que atua na Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi em Aracruz, Santa Cruz, no Espírito Santo, acredita que os rejeitos só começarão a ser eliminados do mar em 100 anos, no mínimo.
“Já estamos acostumados a lidar com vários tipos de sonegação de informação, falsificação de resultados, etc. São empresas historicamente inadimplentes e sempre com problemas em cumprir as exigências dos órgãos ambientais nas suas licenças. O primeiro laudo já indicou a presença de mercúrio na água do Rio Doce", comenta.
Segundo ele, a substância poluente já é conhecida na região, porque está na praia de Cambuí, entre outros locais no Espírito Santo. "Assim como mercúrio, há também cromo, arsênio, e outras substâncias que são venenos poderosíssimos”, explica.
No entanto, o laudo da Serviço Autônomo de Água e Esgoto, de Governador Valadares, não confirmou a presença de mercúrio, porque, segundo o órgão, o laboratório não é equipado para fazer este tipo de análise.
A Fundação Ezequiel Dias (Funed) que ficou, então, a cargo desta análise, informou que ainda não recebeu as amostras com a água contaminada pela lama de rejeitos.
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